Matina: Colégio construído dentro de lagoa desaba após chuvas, obra custou R$ 4,5 milhões

Construído sobre um aterro dentro da Lagoa dos Marruás em Matina, um Colégio que consumiu recursos na ordem de quatro milhões e meio de reais, está caindo. A enorme estrutura feita com recursos provenientes de Precatórios do Fundef, erguido em pleno ano eleitoral pelo ex-prefeito Jucélio Fonseca, contrariando apelos feitos por alguns vereadores na época, começou a desmoronar nessa tarde de sexta-feira (28/01).

O ex-prefeito terminou o mandato, a obra foi paga sem ser concluída, e começou a apresentar fissuras, rachaduras nas paredes, pisos começaram a ceder, a soltar peças e diversas avarias.

Ao assumir o mandato, a prefeita Olga Gentil solicitou a engenheiros da prefeitura para averiguar a situação do prédio e emissão de um relatório; A equipe técnica condenou a edificação e declarou imprópria para sua finalidade que era ser escola. O relatório foi enviado ao Tribunal de Contas da União, ao Ministério Público e à Câmara Municipal de Vereadores.

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Na manhã da última segunda feira, 10 de janeiro, a escola foi cercada de água por todos os lados; na oportunidade a prefeita, a secretaria de educação, advogados e engenheiros visitaram o local e constataram que o grau de risco do prédio havia aumentado. Na tarde dessa sexta-feira dia 28, parte da estrutura começou a cair.

A quadra poliesportiva desmoronou; os pilares cederam e enorme estrutura metálica virou um monte de ferro retorcido, para o espanto de moradores que ouviram fortes estalos e ruídos quando a estrutura começou ceder. Telhas de zinco foram lançadas no meio da lagoa, a uma distância de mais de 50 metros.

As providências:

– Relatórios técnicos sobre a edificação foram enviados ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas.

– 05 vereadores denunciaram na época que a construção da escola estava sendo feita em terreno impróprio; mandaram ofícios ao INEMA e ao Ministério Público.

– A secretaria Municipal de Educação declarou o prédio impróprio para funcionamento de escolas, justamente por não constar ativos de segurança.

Depois da queda de parte da estrutura na tarde dessa sexta-feira dia 28, a prefeita Olga Gentil e a Secretária de Educação, visitaram o local; a prefeita pediu a completa interdição do perímetro da escola, com faixas e fitas de isolamento para impedir a aproximação de pessoas, já que o risco da estrutura toda ceder é eminente.

O CREA- Conselho Regional de Engenharia e Agronomia também já foi acionado.

Fonte: Radar Guanambi

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